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E me inicio com esse conectivo simples, com emenda pura,
Por sermos a sucessão de pequenos saltos:

Soltos, pela escuridão devida à opacidade das coisas
Presos, pela tendência dos objetos a se projetarem
Soldos, pela unidade entre luz e sombreado

E sempre começo por amor à continuidade
Pela aposta em rever sua face de carne e sangue,
De músculo e ossos, de nervo e desejo, de ósculo e alma

E o meu sonho é ser demora na sua não-matéria
E o que ponho é a glória de todo esforço em sermos cânones

E sempre começo sabendo que a fé em lhes rever
É ignição que atiça da ignorância à coisa ígnea

E é tudo que vale a pena inventar.

 

31/07/2017

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