Cada vista é uma avenida pequena
O desenho das têmporas, os vértices da face
A fronte em sua moldura óssea leva consigo
A soma dos segredos que já sabemos.
A dor que todos sentimos,o filtro dos graus da saudade,
O medo de nos perdemos quando soltamos as mãos dos nossos filhos
Estão ali – nenhum corpo fica vazio por muito tempo.
O movimento dos braços na prosa de dois dedos
O olhar que se desvia procurando aquela esquina forçada
Estamos ali – nenhum homem se acha por todo tempo.
Há coisas que somem se assumimos
E outras que consomem ainda assim.
Somos mais que a soma de momentos
E menos que o riso dos rebentos.
E já sabemos.
15/06/2017
Eu não consigo largar a mão dos filhos. Mas finjo que tento
É sempre doído deixá-los seguir com suas próprias pernas e ficar olhando a distância. O importante é que saibam que sempre estaremos por perto! Abraço, Mariel. Obrigado pela visita.