As linhas desenham a cidade,
Ascendem nos prédios,
Contornam janelas,
Portas, postes, hostes…
Exceto as esferas
Nas quais as gentes se encontram.
Os traços abraçam a paisagem,
Enlaçam os ônibus,
Os carros, as motos…
Exceto os mortos,
Que no subsolo descansam.
Os volumes
Abarcam o de costume.
Afinal,
São linhas em traço oportuno.
Contudo, não confinam,
Nem desenham
O que os sentidos
Desdenham.
SOBRE O POEMA: É como houvesse uma incompatibilidade entre o esboço de um lirismo em busca do traço e a rejeição por aquele que SENTE liricamente. Boa solução no poema. Bom andar da carruagem.
SOBRE EU: Desculpe-me os comentários obscuros e desajeitados. Faz parte da minha forma de gostar.
SOBRE O BLOG: Que BOM! Já vou adicionar lá no meu pra a gente se acompanhar,
Um abço
=;B
Aliás o nome “poema sem foco” é mto bom. Trata-se de expressar aquilo que tem em qq boa poesia: A BUSCA!